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sábado, 14 de agosto de 2010

Quanto à Pessoa do Surdo

COMO CHAMAREMOS ESTA PESSOA?
COMO NOS REFERIREMOS A ELA?



 Surda?

 Pessoa surda?
 Deficiente auditiva?
 Pessoa com deficiência auditiva?
 Portadora de deficiência auditiva?
 Pessoa portadora de deficiência auditiva?
 Portadora de surdez?
 Pessoa portadora de surdez?


Em primeiro lugar, vamos parar de dizer ou escrever a palavra “portadora” (como substantivo e como adjetivo). A condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa e esta pessoa não porta sua deficiência. Ela tem uma deficiência. Tanto o verbo “portar” como o substantivo ou adjetivo “portadora” não se aplicam a uma condição inata ou adquirida que está presente na pessoa.



Por exemplo, uma pessoa pode portar um guarda-chuva se houver necessidade e deixá-lo em algum lugar por esquecimento ou por assim decidir. Não se pode fazer isto com uma deficiência, é claro.

Todos conhecem o fato de que alguns surdos não gostam de ser considerados deficientes auditivos e o fato de que algumas pessoas deficientes auditivas não gostam de ser consideradas surdas. Também existem pessoas surdas ou com deficiência auditiva que são indiferentes quanto a serem consideradas surdas ou deficientes auditivas.
A origem dessa diversidade de preferências está no grau da audição afetada.
No plano pessoal, a decisão quanto a usar o termo “Pessoa com Deficiência Auditiva” ou os termos “Pessoa Surda” e ”Surda”, fica por conta de cada pessoa. Geralmente, pessoas com perda parcial da audição referem-se a si mesmas com tendo uma deficiência auditiva. Já as que têm perda total da audição preferem ser considerada surda.
Mas no plano formal, estatístico, convencionou-se mundialmente adotar a seguinte classificação;


 deficiência física

 deficiência intelectual
 deficiência auditiva
 deficiência visual
 deficiência múltipla


Por esta classificação, entendemos que, não obstante tenha a “Deficiência Auditiva” o mesmo significado de “surdez”, ficaria confuso trocar apenas esses dois termos um pelo outro. O mesmo acontece com “Deficiência Visual” e “Cegueira”. Se a troca fosse feita, a classificação das deficiências ficaria, por exemplo, assim:



 deficiência física

 deficiência intelectual
 surdez
 cegueira
 deficiência múltipla


Nada justifica especificarmos a surdez e a cegueira, se não especificarmos cada um dos inúmeros tipos de deficiência física e de deficiência múltipla, além de cada um dos variados tipos de apoio dos quais dependem as pessoas com deficiência intelectual (não mais classificada em leve, moderada, severa e profunda, a partir de 1992).

Concluindo, devemos utilizar criteriosamente cada um dos termos. Num contexto formal, estatístico, falaremos em Pessoas com Deficiência Auditiva referindo-nos ao grupo como um todo, especificando ou não os graus de perda auditiva e a quantidade de pessoas existentes em cada nível de surdez.
E, em situações pessoais, informais, coloquiais, diremos e escreveremos Surdos, Pessoas Surdas, Comunidade Surda, Comunidade dos Surdos, quantidade de pessoas por nível de surdez, comunicação entre os Surdos, comunicação com os Surdos, comunicação dos Surdos, os Sinais que os Surdos utilizam etc.

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